sábado, 24 de setembro de 2016

Caraca! Que homem quente!


Foi o que pensei antes de ontem às 13h e 15min, maios ou menos, quando me deslocava em direção à parada do ônibus, indo ao trabalho. Eu, com frio, vestida com calça, blusa de lã, casaco, manta no pescoço, meias, polainas quentinhas, quase usava luvas!!!Quando me apercebo, dobra para a minha rua, um jovem rapaz, com camiseta de mangas curtas, olhei, olhei, novamente, e pensei “caraca, que homem quente”! Vejam bem, esses olhares foram discretos, o homem não percebeu nada. Por outro lado ele também pode ter pensado: que mulher doida, com tantos casacos! Imediatamente também pensei Grede, tu que é friorenta, vai ver nem está tão frio assim! Então comecei a observar as pessoas que passavam: num raio de duas quadras, todas estavam vestidas para se proteger do frio, mulheres, homens, crianças, jovens. Até mesmo quem estava dentro de carros, ônibus, estavam bem agasalhados. Também os ciclistas pedalavam encasacados. Segui meu caminho, cheguei ao centro da cidade e continuei observando como as pessoas estavam vestidas, não sei por que aquilo me intrigou tanto, geralmente caminho “olhando sem ver”, sempre pensando em mil coisas, mas o contraste das vestes do rapaz com as minhas distraiu minha atenção e fiquei matutando porque será que existem modos de viver tão diversos? Modos de sentir e de se comportar díspares? Mas que bom que é assim! Imagina a chatice se tudo e todos fossem iguais, se todos sentissem tanto o frio como o calor e todas as outras sensações da mesma maneira, com a mesma intensidade....
29/08/2014

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